"O sonho é o que temos de realmente nosso, de impenetravelmente e inexpugnavelmente nosso."
segunda-feira, 5 de setembro de 2011
Um Pouco de Mim [2]
É engraçado, as pessoas precisam de mim para escutar seus problemas. Eu, seguindo meus principios, escuto e procuro induzir a um pensamento, nada de ofensas e dizer que está errada.
Acho que o que está acontecendo já é o suficiente.
Mas ai acontece o inverso, eu preciso de ajuda. Aconteceu uma coisa, preciso me abrir com alguém, as pessoas me escutam? Não, apontam meus erros.
Me dizem como devo agir baseada na história que elas viveram.. Pera lá, a história que eu vivi não é a mesma. Eu não sou a mesma pessoa que você.
E é em meio dessa diferença querem me mostrar (além de que eu já estou na pior) que eu sou toda errada!
Que mundo é esse? Pode ser clichê: "mas para, que eu quero descer".
Por isso, fazendo jus ao nome desse texto e de outros aqui postado, quem sabe plantando uma sementinha de mudança, deixo um pouco de mim para você.
Você tem um amigo? Gosta quando ele te escuta? Escute-o, e não o julgue.
Quando a gente está mal e precisa de conselho, ser julgado não é a melhor opção.
Mas se não quiser me ouvir, te digo: pior seria, se a gente levasse esse julgamento a sério..
domingo, 4 de setembro de 2011
Um pouco de mim [1]
Aposto que você, assim como eu, já gostou de alguém, confiou e esse alguém quebrou de alguma maneira essa tão valiosa confiança.. Doeu né? Sempre dói. Mas aí você entrou na fase: “Vou ficar melhor, você vai ver”.
O tempo passa e você desencana. Inevitável, vai falar que não? E graças a Deus que é assim! Pêra aí, eu falei desencana, e não esquece. Quem disse que a gente esquece? Vivemos bem, voltamos ao estado natural, é o tal do impulso vital que te leva para o lado bom da vida, mas a ferida ta lá. Inesquecível.
Eu não sei vocês, mas eu sou daquelas: “Fiz, ta feito, e não me arrependo” e orgulhosa como ninguém: “Você escolheu, agora é a minha vez. Não quero! Pronto e acabou”
Aquele escolheu cair fora, você escolhe se divertir. Você sai, conhece pessoas novas.. Depois conhece alguém que você acha “Poxa, pode dar certo..” Ah, mas por um acaso, ele que não quer. É fato: esse a gente nunca esquece.
Mas relaxa! Outra escolha. Se da primeira vez você não morreu, também não será dessa vez. Você se empolga, aquela fase: "viva a liberdade!" Dispensa uns aqui, não ta nem aí pra outros de lá, é tudo passageiro.
Ai quando você menos espera: pimba! Cai de pára-quedas, numa balada, surge em algum carnaval, com todas aquelas histórias e declarações que até então você nunca acreditou! Mas parece ser diferente.. Encontros por acaso aqui, conversinhas ali, brincadeirinhas a parte e você começa acreditar fielmente: “Dessa vez vai..”
Quando, para variar, não vai! É possível acreditar? Mundo e fundos que de repente somem! A desculpa mais esfarrapada ou a cena dele com outra, é isso que vem na sua mente quando lembra dele hoje.
Pra quem já tinha ‘sofrido’ o bastante antes, olha a cena se repetindo ai! É claro que a gente nunca sofre o bastante, as coisas dão errado pra gente enxergar o outro lado e principalmente aprender com os nossos erros. Cabe a você, ficar chorando pelo que aconteceu ou não.
Eu admito: Fico brava mesmo, sem dar papo. Não achei graça e é impossível de acreditar que podia acontecer de novo. Entenda, posso estar errada, mas meu pensamento ainda é : “mulher não se despensa, ainda mais depois de tantas juras..”
Mas ai vem, não sei da onde, uma vontade de perdoar. É, eu perdôo. Porque não? Não me adianta em nada apontar os erros dos outros e esquecer que eu também sou passiva a erros. E a gente aprende, depois de tudo que acontece, que não adianta se descabelar, algumas coisas acontecem, sempre vão acontecer..
E é assim: se ele quiser, achar necessário, ele vai te procurar. Se não procurar, é porque sabe e consegue viver bem. Ele consegue? Você também.
Então, você parte pra outra, ou continua nesse vai-não-vai com o lema "só se ele procurar, por mim, não mais". Porque você sabe, o que fica, e ninguém precisa saber, é só o passo, o pé atrás. Afinal, gato escaldado tem medo de água fria..
domingo, 28 de março de 2010
Reflexão
A maioria das que não são justificaveis estão relacionadas aos princípios, ou à valores que até então deveriam ser, não paradigmas, mas o mínimo de noção que o ser humano devia ter.
Estudioso dizem que a personalidade é influênciada pela genética e o meio em que você vive, e que certos distúrbios podem ser corrigidos de alguma maneira.
Será que realmente depois de corrigida o indíviduo modifica mesmo a sua personalidade? Ele nunca mais volta a repetir suas atidudes?
Sei que a personalidade é o cunjunto de atitudes, valores, e conduta do ser. E que o ser humano é o único animal racional, com consciência de todos os seus atos. Então qual seria a explicação para tantas atitudes monstruosas que andam acontecendo por ai? Pode-se dizer então, que alguns seres humanos perderam o seu lado racional?
As dúvidas são gigantes e as explicações minúsculas.
Às vezes acredito que é preciso sacudir o mundo, jogar tudo fora e começar do zero. Talvez ai sim a gente possa sentir vontade em colocar mais moradores nesse lugar.
Se for parar pra pensar acho que cada um de nós deveriamos rever nosso conceitos e principalmente nossos valores. Tentar resgata-los naqueles que já nem sabem que um dia tiveram isso. Não só em relação às atitudes (que torno a dizer que são monstruosas) mas também nessa falta de tempo e excesso de estresse que consome o nosso cotidiano e nos faz esquecer de coisas essenciais para o nosso bem estar.
Talvez seja até preciso reensinar à alguns o siginificado de algumas palavrinhas simples como respeito, família, porque parece que para eles, elas nunca existiram..
Não é só uma vontade minha, acredito que é de todos, poder algum dia, mostrar aos filhos que vale a pena viver e conviver com essa raça humana.. E devemos sim aproveitar o que o mundo tem de melhor para nos dar, e é claro, sem deixar de esquecer, que este mundo ainda tem um futuro..
sábado, 6 de março de 2010
O filme
As gotas de chuva escorriam pela janela, da mesma maneira que algumas lágrimas insistiam em escorrer pelo meu rosto.
As imagens se repetiam na minha cabeça.
Cena a cena, como em um filme.
A música tocando no baile.
A conversa.
A dança.
A decepção.
O desespero.
A discussão.
O grito.
Os passos.
O bater da porta.
Talvez se nessa noite a música não tivesse tocado..
A conversa não se transformasse em convite.
Talvez se nessa noite, aquela dança não tivesse existido..
Se eu não tivesse assistido, a minha decepção também não teria existido.
Eu não descutiria.
Nem gritaria.
Não ouviria aqueles passos.
Nem o bater da porta,
que insistem em me dizer, que foi nessa noite, que ele foi embora..
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
De maneira estrondosa eu ouvia gritos e passos.
Uma sala pequena, sem janelas.
A pouca luz que tinha vinha de frestas das quais também escorriam águas.
E um jato intenso que saia da parede principal.
Já se passaram algumas horas que eu estava ali
E o desespero tomava conta dos arredores
Os gritos se tronavam intensos e os passos cada vez mais distantes
Não havia ninguém além de mim
O nível da água subia, já se aproximava do meu peito..
O medo se tornou meu aliado e juntos movimentavamos para procurar a saída.
Mas onde?
De súbito, a água me engoliu.
Minha visão escureceu..
.. Acordei no meu quarto.
Fiquei olhando para o copo d'água, cheio até a metade, que estava do lado da minha cama, vendo atráves dele, as cenas daquele pesadelo..
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Ela queria
Ela queria a cura
A cura do mal, do habitual
Do efermo, do medo, da angústia
Ela queria crescer
Ela queria vencer
Ela queria cuidar, dançar, cantar, lembrar
Ela queria escrever, crescer, viver
Ela queria sorrir, sentir, ou simplismente ir
Ela queria sentir calor e provar do amor
Ela queria algo diferente, inconsequente, imponente
Ela queria o moral, o igual, o ideal
Ela queria voar, casar, sonhar
Ela queria o mundo, o profundo
O perto e o longe
O útil e o que não é necessário
Sendo estável, ou não.
Eterno, ou só por um segundo; Ela queria..
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
A menina dos sonhos
A menina dos sonhos gritava, esperneava
Ao mesmo tempo em que ela sorria e que seus olhos brilhavam
A menina dos sonhos desmoronava por dentro e por fora só se via as lágrimas que escorriam..
Chorava de dor
Chorava de medo
Chorava, Choro de angústia
Chorava, Choro de discórdia
A menina dos sonhos correu
Correu para alcançar o mundo!
A menina dos sonhos dançou
A menina dos sonhos cantou
A menina dos sonhos sorriu e cresceu
Hoje ninguém sabe o que aconteceu
Ela se foi, e pelo céu, correu..
E foi apenas dos meus sonhos, que ela nunca desapareceu..